quarta-feira, 30 de maio de 2012

Mensagem aos Homens de Bem

Amigos, escrevi no meu Facebook a indignação que sinto ao ver hoje o papel do advogado sendo exercido sem a maior cerimônia na defesa de criminosos, não sem levar em conta os princípios da ética, mas os benefícios das relações de poder que permitem a cobrança de honorários vultosos pagos por quem não  busca seu direito, mas a livração das penalidades via relações institucionais do causídico, como no caso do contraventor CACHOEIRA e seu advogado MARCIO THOMAS BASTOS.  Citei o caso do brilhante jurista HERÁCLITO FONTOURA SOBRAL PINTO, que mesmo sendo católico fervoroso e anti-comunista, defendeu Luiz Carlos Prestes da ditadura de Getulio sem contudo pedir honorários exorbitantes. Já na época sabia ele que se aceitasse que a União Soviética pagasse seus honorários poderia enriquecer. Nem Sobral cogitou esta possibilidade, nem Prestes aceitaria. Dois homens de bem, cada qual com suas normas de conduta e ética. Sobral, não encontrando suporte jurídico na legislação vigente, totalmente escrita pelos partidários de Getulio Vargas, foi buscar no art. 14 da LEI PROTEÇÃO AOS ANIMAIS o caminho para defender Prestes da masmorra. No fim da carreira, recusou convite do presidente Juscelino Kubitschek de assumir o posto de ministro doSupremo Tribunal Federal, para que não supusessem que sua defesa da posse do presidente fosse movida por interesse pessoal. Na campanha pelas diretas, em 1984, causou sensação ao participar do histórico comício da Candelária, e defender o restabelecimento das eleições diretas para a presidência da República.

Tive a alegria e oportunidade de conhecer brilhante causídico. No dia 10 de abril de 1984, designado pelo Governador Leonel Brizola como um dos coordenadores do famoso comício das DIRETAS JÁ, aos 24 anos de idade, cheguei ao palco oficial acompanhado de minha amiga XUXA, que, ainda não tão famosa, me ligou pedindo ajuda para subir no palanque. Fui buscá-la no Terminal Menezes Cortes e seguimos juntos. Tive a oportunidade de abraçar FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, com quem mais tarde vim a trabalhar,  LULATANCREDO NEVESFRANCO MONTORO,ULISSES GUIMARÃESJOSÉ RICHALEONEL BRIZOLA, meu dileto amigo, DARCY RIBEIRO, de quem fui coordenador de campanha ao governo do Rio em 1986, TEOTONIO VILELLA  e tantos outros.  Foi quando avistei um senhor de terno, muito simples que aguardava sua vez de falar. Notei que possuía uma luz, que a mim pareceu ser o sol da tarde daquele 10 de Abril lhe reforçando a silhueta.  Hoje sei que esta luz significava outra coisa. Perguntei a um segurança de quem se tratava e ele me disse tratar-se de SOBRAL PINTO. Abracei-o sem dizer uma palavra e ele retribuiu o abraço. À época o fiz por tratar-se de um brilhante Jurista, e eu, por ter estudado direito e conhecedor de sua história, me sentia lisonjeado por cumprimentá-lo.

Do outro lado, com a mesma humildade, encontrava-se LUIZ CARLOS PRESTES, outra figura de proa da nossa luta em beneficio dos menos favorecidos.

Ao ver hoje o que fizeram com nossa democracia defendida naquele histórico comício, sinto saudades daqueles homens de bem, que jamais se envolveriam com os CACHOEIRAS da vida.

Sinto-me lisonjeado, aos 50 anos de idade, em poder ter participado de momento tão histórico, em ter conhecido figuras tão importantes de nossa luta por um país mais justo. Mas sinto vergonha de estar aqui sem poder fazer nada, vendo figuras que também estavam lá, como LULA, usufruindo do poder construído por aqueles homens de bem e usando o resultado de sua luta em partilhas de corrupção e caixa dois, e usando das prerrogativas do poder adquirido pelas lutas destes homens admiráveis em beneficio de seus amigos e apaniguados, na maior sem cerimônia corruptiva que este pais pode constatar.

A falta de vergonha na cara de nossos políticos atuais faz com que, mesmo sendo a sexta economia do mundo, nos olhem como um país que não merece respeito. E vamos continuar sendo até que um dia os homens de bem deste país se tornem maioria.

(Hélio Viana de Freitas)

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Reportagem Revista FORBES – Abril/2012


A revista FORBES, edição Abril/2012, publicou uma reportagem sobre o Brasil, com destaque a WSB - World Sports & Business, realizada pelo empresário Hélio Viana. Veja abaixo:
O negócio do esporte representa apenas 1% do PIB do Brasil, enquanto na maioria dos países é responsável por até 5%. Isto significa que há um enorme mercado que ainda tem que ser aproveitado por empresas do setor de esportes, diz Hélio Viana, executivo financeiro que tem 25 anos de experiência em negócios esportivos.
Em setembro, Hélio Viana está realizando a WSB – World Sports & Business no Rio de Janeiro, uma feira internacional destinada a promover as oportunidades abertas para companhias internacionais com potencial para beneficiar o setor esportivo no Brasil.
Além da organização da feira WSB, com parceria do Banif Investiment Bank, Hélio Viana vai prestar serviços de consultoria, aconselhamento e apoio para as empresas que têm o potencial de se beneficiar de grandes eventos esportivos que se aproximam no Brasil.

sábado, 21 de abril de 2012

Jornal de Brasília – O Valor da Copa do Mundo (Hélio Viana)



Jornal de Brasília – 19 de Abril de 2012

O Valor da Copa do Mundo



Hélio Viana
Executivo do mercado financeiro 



Quando o Brasil sediou sua primeira Copa do Mundo em 1950, o desenvolvimento do país dava os primeiros passos. Contando com 50 milhões de habitantes, vivíamos, à semelhança de hoje, uma época de prosperidade, testemunhando um crescimento de 8% ao ano e a expansão do parque industrial brasileiro. Getúlio Vargas era reconduzido à Presidência e o País parava para assistir à dramática partida entre Brasil e Uruguai, pela final da Copa, no que foi considerada a "maior tragédia do esporte nacional".


O estádio do Maracanã, "o maior do mundo", então, foi construído em apenas três anos e inaugurado a uma semana do primeiro jogo. Ainda assim, foi o único legado deixado pela Copa ao País, que não conseguiu tratar de seus problemas de insuficiência de energia e precariedade de transporte. Passados 64 anos, o Brasil sediará, em 2014, sua segunda Copa do Mundo e, dois anos depois, os Jogos Olímpicos, uma excelente oportunidade de desenvolvi¬mento, além de um grande privilégio para os brasileiros.


No mundo globalizado atual, o esporte tem uma grande penetração em nossa sociedade, impactando todos os elos da cadeia econômica, da construção civil aos alimentos e bebidas, do vestuário à industria da informática. A realização destes dois eventos internacionais, com suas oportunidades de negócios inerentes, não deve se limitar, portanto, ao cum¬primento das metas elaboradas pelas entidades organi¬zadoras. O governo precisa saber aproveitar este momento, montando estratégias para maximizar seus benefícios.


De acordo com estudo da Fundação Getúlio Vargas, serão injetados R$ 142 bilhões na economia até a Copa de2014 e mais P550 bilhões até os Jogos Olímpicos de 2016. A previsão é que também sejam gerados 3,5 milhões de empregos, no que pode se tomar o momento de maior inclusão social da história do País. Para isso, porém, será necessária a disposição do governo para a qualificação de nossa mão de obra, ajudando a transformar em definitivos, muitos dos empregos temporários que surgirão.


Após a Copa da Alemanha, em 2, o aumento da receita dos clubes locais foi de 33%, mesmo com a crise de 2008. Na França, por outro lado, o estádio de Saint Dennys, planejado e construído para a Copa de 1998 sem o envolvimento do Paris Saint Germain, encontra-se hoje uti¬lizado para shows eventuais e corridas de cachorros. Na África do Sul, as equipes de Rrugby alegam falta de estrutura nos estádios e o críquete também não os utiliza porque o tamanho do gramado é inferior ao necessário. Como não houve um planejamento para desenvolvimento do futebol, não tão cedo os estádios lotarão para assistir a uma partida. Viraram, assim, uma manada de elefantes brancos. A inflação chegou a 5% e o desemprego a 25% no pós-copa.


Apesar de termos nos tornado recentemente a sexta economia do mundo, ainda estamos em 19º lugar entre os países do G-20 em níveis de desigualdade, o que evidencia o tamanho dos desafios que temos pela frente. É preciso que todo o investimento realizado em função dos eventos esportivos que acontecerão no Brasil nos próximos anos seja revertido em prol do bem-estar da população, para além desse período. É fundamental que, tanto o capital físico, como o capital humano gerado, transforme-se em capital fixo e sirva de legado a ser usufruído pelas próximas gerações. Afinal, o potencial de transformar e evoluir encontra-se na essência da atividade esportiva, e, não sendo assim, qual a necessidade e tamanho esforço para realizá-los?



quarta-feira, 11 de abril de 2012

Copa de 2014 e Jogos Olímpicos. Oportunidades?


O que queremos ser? Alemanha ou Africa do Sul? Na verdade, até agora nada foi feito para inserir nossas empresas nas oportunidades bilionárias que estes eventos oferecem. Se não capacitarmos nossas empresas e buscarmos as oportunidades, perderemos todas estas possibilidades.
A hora é agora. E já estamos atrasados!